Família morreu inalando monóxido de carbono produzido pelo Aquecedor a Gás
A perícia concluiu que Dina Vieira da Silva e seus quatro filhos que foram encontrados mortos dentro de um apartamento em Ferraz de Vasconcelos foram vítimas de intoxicação por inalar monóxido de carbono produzido pelo aquecedor a Gás da marca Lorenzetti instalado no local.
Ficou constatado que o aquecedor era do modelo para queima de GN – Gás Natural e a moradora do apartamento usou um botijão de gás GLP – Gás Liquefeito de Petróleo, que resultou na combustão incompleta do gás de cozinha, que criou o gás tóxico e causou a morte de Dina e seus quatro filhos.
Os familiares das vítimas contrataram o advogado de Ribeirão Preto-SP, Edilberto Acácio da Silva que já processou a fabricante do aquecedor Lorenzetti.
Segundo Dr. Acácio os aquecedores da Lorenzetti de Gás GN e GLP são idênticos em todos os aspectos, não constando os riscos e eventuais perigos da utilização do mortífero aquecedor. Não havia qualquer impedimento ou dispositivo para impedir o funcionamento do aquecedor Lorenzetti a gás GN com gás GLP e vice-versa, o que, no seu entendimento é manifestamente inadmissível, ante a exposição dos consumidores a dantesco perigo, tal qual se deu com as inocentes vítimas que faleceram.
Para o advogado o aquecedor de alimentação à GN (gás natural), jamais poderia funcionar (sequer ligar) também para a utilização via GLP – gás liquefeito de petróleo, sendo, imprescindível que no “fatídico” aparelho houvesse um sistema de segurança em sentido amplo, inclusive emergencial e com desligamento automático no caso de uso de combustível (GLP) inadequado.
Por se tratar de produto altamente perigoso, já que estamos falando de combustão e consumidor obviamente leigo acerca das questões envolvendo a técnica, física/química, deveria a própria Lorenzetti (fabricante do aquecedor) promover e/ou fiscalizar a instalação dos referidos aparelhos de acordo com as normas exigidas pela ABNT, o que eliminaria riscos de eventual instalação ou alteração irregular, e não por livre escolha do consumidor. A Lorenzetti literalmente transferiu para o consumidor os seus próprios deveres e obrigações. A família tinha mudado para o apartamento há apenas 2 dias e por não saber dos riscos, os cinco faleceram. Com certeza após esse processo, a Lorenzetti será obrigada a mudar as conecções, cores, caixas, tubos, manual e instalar um sistema de segurança para que o gás de cozinha (GLP) não seja usado no aparelho que é para o GN (gás natural), evitando-se assim que várias outras pessoas inocentes pereçam nos mesmo moldes pelo nosso Brasil, como muitos já morreram, finaliza o Dr. Acácio.