Um homem negro de 29 anos, foi morto por militares, na Vila Barraginha, em contagem
Familiares de Marcos Vinicius Vieira Couto, de 29 anos, morto durante uma abordagem policial na Vila Barraginha, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, acompanham, na manhã desta quarta-feira (8), a audiência de instrução do sargento denunciado pelo crime.
A sessão acontece no fórum da cidade. Ao todo, 16 pessoas foram arroladas, sendo dez pela defesa do policial e seis pela acusação. As duas primeiras testemunhas ouvidas militares que estavam na equipe no dia da ocorrência.
Com cartazes e camisas com a foto de Marcos, familiares pediram por justiça antes do início da audiência.
Segundo eles, o sargento suspeito do crime continua trabalhando nas ruas, o que foi negado pelo advogado dele. Segundo o defensor, o cliente realiza serviços internos na corporação.
Em janeiro deste ano, a Polícia Militar também havia informado ao g1 Minas que o militar permanecia em trabalho administrativo. Um novo posicionamento foi solicitado para a instituição nesta quarta.
O crime aconteceu no dia 16 de julho do ano passado. A Polícia Militar afirmou, na época, que foi ao local porque recebeu uma denúncia de disparos de arma de fogo. Segundo o boletim de ocorrência, quando os militares chegaram ao endereço, pessoas apontaram para Marcos Vinícius como o “provável autor dos disparos”.
O boletim diz que os policiais “iniciaram um processo de verbalização” com Marcos Vinícius, para que ele fosse para uma “área de segurança” para a realização de buscas, no entanto, ele “apresentava resistência”.
De acordo com a PM, Marcos teria tentado retirar o fuzil de um dos policiais, mas não conseguiu. Depois, ele teria tentado tirar a pistola do sargento Rodrigo Figueiredo, que atirou três vezes.
No entanto, um laudo pericial da Polícia Civil divulgado em agosto apontou, com base nas imagens analisadas, que Marcos Vinícius não tentou tomar a arma do policial militar antes de ser baleado e morto.
Vídeos gravados por moradores da região mostram o momento em que o homem conversa com os policiais com as mãos para cima e, depois, é levado para trás de um veículo. Em seguida, é possível ouvir disparos de arma de fogo e a gritos de testemunhas dizendo que ele não reagiu.
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